I looked all aroundIt was not written down
and so I'll tell you now I will always love you my friendNow I'm not saying we're cut from the same treebut like two pieces of the gallowsThe pillar and the beamLike two pieces of the gallows, we share a common dreamto destroy what will harm other men."Bill Callahan, My friend"foto de ma®ia
domingo, 20 de dezembro de 2009
Our dream
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Dezembro, outra vez.
Apenas quatro meses! Entrei vi o teu peluche e tu deitado com ele à cabeceira. A tua mão, tão pequenina, agarrou na minha e eu fiquei presa a ti . Sorriste . Quatro ... Fui para visitar a minha amiga. Foi a minha primeira vez. Tive que respirar fundo antes de entrar e, inicialmente, não quis olhar os rostos. Depois, devagarinho.
O sofrimento... é indizível. Como viver com isto? A sala de isolamento, o teu olhar!
"maria"
foto de ma®ia
foto de ma®ia
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Do vento invernal
Agora sim, via-o avançar confiante pelo seu caminho; e sentia-se orgulhoso. Dava-lhe satisfação ele ser diferente e o caminho que seguia ser mais direito e elevado do que aquele que ele próprio percorrera. A comparação não o humilhava. Não se arrependia de ter vivido como vivera. Se olhasse para trás, a sua vida podia assemelhar-se a uma intrépida viagem marítima; e as terras em que atracara tinham sido fecundas: vinhas cobertas de cachos que colhera sempre no ponto justo, nem verdes nem murchos. Tinha gozado a vida. Agora a vinha estava despida; parras tenazes mantinham-se ainda presas aos ramos; mas já sentiam os primeiros sacões do vento invernal...
in A Ilha de "Giani Stuparich"
in A Ilha de "Giani Stuparich"
foto de "ma®ia"
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Se me comovesse o amor
Se me comovesse o amor como me comove a morte dos que amei, eu viveria feliz.
Observo as figueiras, a sombra dos muros, o jasmineiro em que ficou gravada a tua mão, e deixo o dia caminhar por entre veredas, caminhos perto do rio.
Se me comovessem os teus passos entre os outros,os que se perdem nas ruas, os que abandonam a casa e seguem o seu destino, eu saberia reconhecer o sinal que ninguém encontra, o medo que ninguém comove.
Vejo-te regressar do deserto, atravessar os templos, iluminar as varandas, chegar tarde.
Por isso não me procures, não me encontres,
não me deixes, não me conheças.
Dá-me apenas o pão, a palavra, as coisas possíveis. De longe.
"Francisco José Viegas"
foto de ma®ia
sábado, 21 de novembro de 2009
Um dia
Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
"Sophia de Mello Breyner Andresen"
foto de "ma®ia"
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