Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
"Sophia de Mello Breyner Andresen"
foto de "ma®ia"
Excelente escolha a marcar o inicio do espaço de tu para nós. Maravilhoso poema, ilustardo com uma magnifica fotogarfia, sobre um dia... Obrigado. Ansiosamente à espera de mais,
ResponderEliminarJLA
João,
ResponderEliminarPrimeiro, a fotografia: as gaivotas prenderam-me.
Segundo, a Sophia de Mello Breyner, que nos abraça, abraçando-nos tu com ela.
Terceiro, a mão que nos desata novos horizontes. E que bom nos ofereceres os teus.
jpc
O sonho comanda quando vives acreditando que és o que queres ser. E viver sonhando... é viver. Voarás se quiseres.
ResponderEliminarCarlos Lezon